Senadores instalam CPI da Braskem para investigar afundamento do solo em Maceió

Como o mais antigo indicado, coube a Otto Alencar abrir os trabalhos e informar qual será o caminho a ser traçado, Omar Aziz foi eleito presidente da comissão

Por Da redação | www.portalalagoasnt.com.br 13/12/2023 - 11:01 hs
Foto: Assessoria


Na manhã desta quarta-feira (13), os senadores se reuniram para instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, que tem como objetivo investigar a responsabilidade jurídica e socioambiental da petroquímica no afundamento do solo em Maceió, decorrente da exploração de sal-gema. A comissão será presidida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), tendo o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) como vice-presidente. No entanto, a escolha do relator ainda não foi definida devido à falta de consenso em relação ao nome do senador Renan Calheiros (MDB).

 

 

O primeiro a abrir os trabalhos foi o senador Otto Alencar (PSD-BA), por ser o mais antigo indicado para a comissão. Ele invocou "a proteção de Deus como nunca" e explicou qual será o caminho traçado pela CPI, que buscará apurar as circunstâncias do que é considerado o maior crime socioambiental em área urbana do mundo.


Em uma reunião prévia à instalação oficial da CPI, ficou decidido, por unanimidade, que os senadores Omar Aziz e Jorge Kajuru assumiriam a presidência. No entanto, a escolha do relator gerou intenso debate no início da sessão. O senador Rodrigo Cunha (AL), representante do Podemos, pediu o compromisso da presidência em não escolher um representante de Alagoas para essa função. Ele se opôs à indicação de um colega de bancada como relator, pois acredita que é necessário buscar efetividade e isenção nos trabalhos.


Renan Calheiros, autor do requerimento para instalação da CPI da Braskem, classificou o momento como um dos mais importantes de sua vida política. Ele destacou a importância da investigação sobre o "maior crime ambiental urbano do mundo". Segundo ele, após a desestatização da Salgema e o controle da petroquímica pela Odebrecht, houve aumentos extraordinários de resinas no mercado internacional, resultando na exploração mineral.

 

 

O presidente Omar Aziz afirmou que ninguém iria ensiná-lo a trabalhar e terá a prerrogativa de escolher o relator com a anuência dos demais membros do colegiado. A sessão foi encerrada com a informação de que os trabalhos propriamente ditos da comissão serão iniciados em fevereiro de 2024, após o recesso do Congresso Nacional. Até lá, o relator será conhecido.


Os senadores titulares indicados para compor a CPI são: Renan Calheiros (MDB-AL), Rodrigo Cunha (Podemos-AL), Efraim Filho (União Brasil-PB), Cid Gomes (PDT-CE), Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Jorge Kajuru (PSB-GO), Rogério Carvalho (PT-SE), Wellington Fagundes (PL-MT), Eduardo Gomes (PL-TO) e Dr. Hiran (PP-RR). Já os suplentes indicados são: Fernando Farias (MDB-AL), Jayme Campos (União-MT), Soraya Thronicke (Podemos-MS), Angelo Coronel (PSD-BA), Fabiano Contarato (PT-ES), Magno Malta (PL-ES) e Cleitinho (Republicanos-MG).


A partir de fevereiro de 2024, a CPI da Braskem dará início aos trabalhos para investigar os impactos do afundamento do solo em Maceió causado pela exploração de sal-gema pela petroquímica. O objetivo é esclarecer as circunstâncias desse crime socioambiental e responsabilizar os culpados.